sexta-feira, 16 de agosto de 2013

POR UM AMOR DE ALGUMAS HORAS.


Eram quase cinco horas de manhã e o sol saia como um soco.
Ela vinha faceira mexendo o corpinho de forma inocente e pedindo atenção. Logo ali nas barracas do
cais de santa rita, seus olhos se cruzaram.
Ele brincou com Ela e lhe deu carinho, uma coisa que nos tempos de hoje vale ouro em pó. Ela correspondeu
e assim se selou o pacto daquele momento de calor e troca. Ambos eram crianças que se permitiam e se divertiam.
Ele a alimentou, lhe alisou e a distraiu por algumas horas mas sua avó que era dona da barraca não permitiu que
ficassem juntos, seu pai também.
Vi e tomei parte dessa história no final do dia ao ver aquele belo envolvimento de ambos. Era perto das cinco da tarde,
Hora em que o sol nos abandona e nos deixa. Quando fui tomar o meu vinho barato do final do turno e ele me contou de
sua alergia a pelos. Ela era uma bela cachorrinha de pelos pretos nas costas e a boquinha e a barriguinha branca, após alimenta-la,
carinha-la ele a deixou dormindo na cadeira da barraca quando seu pai veio busca-lo era um belo menino de doze anos.
Paguei minha conta e fui embora triste, perturbado por ver aquela criaturinha inocente, indefesa mas tão grande quanto
aquele menino por terem se permitido a um amor de algumas horas. 

ROGÉRIO VÍCIOS F…

(Todas as letras registrada na Biblioteca Nacional) Revisão de Thor o Deus do Trovão.

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